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BC cita a pandemia do coronavírus e caracteriza o cenário como ‘desafiador’

BRASÍLIA – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros, a Selic, de 4,25% para 3,75% nesta quarta-feira.

A decisão sofreu os efeitos da crise do coronavírus, que tem derrubado mercados e economias no mundo todo. No comunicado, o BC afirmou que a pandemia está causando uma “desaceleração significativa” do crescimento global, redução no preço das commodities e volatilidade nos preços dos ativos financeiros.

A autoridade monetária caracterizou o cenário como “desafiador” para economias emergentes, como a do Brasil.

Na última reunião, o Copom sinalizou que interromperia o ciclo de cortes, situação que mudou com a pandemia do novo vírus.

A redução acompanhou a decisão de bancos centrais ao redor do mundo, como o do Federal Reserve (FED), o banco central americano, que reduziu a taxa de juros duas vezes desde o início da crise. Atualmente, os juros da economia americana está entre 0% e 0,25%.

No comunicado, o Copom avaliou que os dados de atividade econômica vinham em linha com um processo de recuperação gradual da economia, mas ressaltou que eles não refletem, ainda, os impactos da pandemia.

A queda é uma continuação do ciclo de cortes iniciado em julho do ano passado e renovou a mínima histórica da série iniciada em 1999.

A Selic é a taxa em que bancos, cartões e instituições financeiras se baseiam para calcular os juros das diferentes modalidades oferecidas aos clientes. A taxa também é o principal instrumento do BC para influenciar na inflação.

Por exemplo, em um cenário de inflação alta, o Banco Central pode aumentar os juros, assim desestimulando a tomada de empréstimos e o consumo, o que diminuiria a inflação. Com a redução dos juros, o BC potencialmente pode diminuir os custos de crédito no país.

Na pesquisa semanal Focus, do BC, que expõe as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos, a previsão é que 2020 termine com a Selic em 3,75%. A pesquisa foi publicada na segunda-feira e mostrou uma redução nas expectativas, dado que na semana anterior, o mercado previa a taxa em 4,25%.

FONTE O GLOBO

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