Governo Witzel cada vez mais próximo do fim

As chances de Wilson Witzel retornar ao governo do Estado Fluminense estão cada vez mais escassas. Os recursos apresentados para impedir o seu afastamento foram negados, abrindo caminho para a cassação do seu mandato.

No Supremo Tribunal Federal (STF) foram duas rejeições. Na última sexta-feira (28/08) o ministro Alexandre de Moraes julgou improcedente a alegação de Witzel de haver irregularidades na formação da comissão especial formada para examinar o seu processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ao declarar válida a comissão de impeachment, Moraes revogou a medida liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli, expedida em julho, que determinava a formação de uma nova comissão especial ao atender a essa mesma reclamação. Posteriormente, o próprio Toffoli negou outro recurso da defesa de Witzel para tentar adiar o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que iria analisar o seu afastamento cautelar do comando do governo.

O afastamento determinado pelo ministro Benedito Gonçalves, era contestado por Witzel que alegava se tratar de uma decisão monocrática, sem a participação do colegiado da corte do STJ. Na quarta-feira (02/09), após Toffoli não atender ao pedido de adiamento do julgamento, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça confirmou o afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador por 180 dias – corroborando com a decisão de Benedito Gonçalves. Foram 14 votos a 1.

O colegiado entendeu que o afastamento cautelar era necessário para dar continuidade as investigações e avaliou que não houve excesso na atuação individual do ministro relator, pois a decisão foi imediatamente submetida ao órgão de maior representatividade do tribunal: a Corte Especial.

Diante do curso que as investigações tomaram e com o processo de impeachment em andamento, o governo Witzel está próximo de chegar precocemente ao fim como mais um caso de corrupção política a residir no Palácio Guanabara.

Cleber Araujo – jornalista/RJ
Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil

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