A retomada da normalidade no Rio em meio aos riscos da Covid-19


No início do mês de setembro o Rio de Janeiro entrou na 6ª fase de retorno às atividades na cidade. Dividida em duas etapas pelo comitê científico de avaliação da prefeitura, a fase 6A autoriza a reabertura de museus, galerias, parques de diversão, bibliotecas e centros culturais – além de casas de festas infantis e espaços de recreação para crianças em shoppings.

A retomada dessas atividades terá como parâmetro os protocolos de segurança que determinam que os estabelecimentos deverão informar com clareza, na entrada, a quantidade máxima de pessoas permitida por lei, respeitando o limite estabelecido em um terço da capacidade de ocupação.
Na área de educação, os cursos profissionalizantes e de capacitação foram liberados para reabrir com aulas presenciais, com a prerrogativa de também atender às regras de ouro de afastamento social determinadas pela vigilância sanitária municipal.

Segundo a Subsecretaria Municipal de Vigilância Sanitária, com maior número de atividades previstas para retomada, a fase 6 foi dividida em duas etapas (A e B) para evitar impacto nas curvas de contaminação pelo novo coronavírus. A expectativa para duração da fase 6A é de pelo menos 30 dias antes de avançar para próxima etapa com base nos números de contágio, de ocupação de leitos nos hospitais e de óbitos avaliados pelo comitê científico.

Apesar dos indicadores registrarem diminuição nas curvas da doença, o que tem se visto no Rio de Janeiro é uma total falta de respeito às normas de proteção estabelecidas para evitar a proliferação da Covid-19. As aglomerações nas praias e bares continuam acontecendo mesmo com o alerta de que nada havia mudado em relação aos protocolos de segurança para esses espaços com entrada da fase 6A. Independente da proibição da permanência na areia – estando liberado apenas banho de mar e a prática de esportes aquáticos – as praias ficaram lotadas em mais um fim de semana ensolarado. As imagens registradas de bares tomados de frequentadores demonstram que a boemia carioca também não se intimida diante dos riscos da doença.

O desrespeito está muito além desses exemplos. Vai desde o não uso da máscara até as igrejas lotadas, na promessa que Deus isenta seus fiéis da contaminação. Desta forma, tornando vulnerável qualquer planejamento para retomada da normalidade em segurança.

Cleber Araujo – jornalista/RJ
Foto: CCBB

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