Visita.com já possibilitou 25 mil encontros virtuais entre pacientes e familiares

Com o objetivo de minimizar o impacto emocional do isolamento necessário aos pacientes internados com Covid-19, o Governo de Pernambuco criou, em maio, no pico da pandemia da doença no Estado, o programa Visita.com. Inicialmente, o projeto foi implantado em quatro unidades da rede estadual de saúde. Atualmente, 44 serviços, espalhados pelas quatro macrorregiões de saúde, contam com o Visita.com implementado em suas rotinas. Em sete meses de funcionamento, já foram realizadas mais de 25,6 mil visitas virtuais de familiares para pacientes acometidos com a doença que estão em tratamento nos serviços. 

Com tablets ou smartphones conectados à rede wi-fi, as videochamadas acontecem pelo aplicativo WhatsApp, com duração recomendada de cinco a dez minutos. No caso dos pacientes sem capacidade verbal efetiva, como os que estão entubados, as equipes devem optar por chamadas em modo viva-voz. Para não prejudicar o fluxo dos cuidados assistenciais, cada unidade conta com uma equipe de comunicação e acolhimento direcionada exclusivamente para o programa. “Quando começamos o enfrentamento à Covid-19 no Estado, sabíamos que precisávamos usar a tecnologia a favor do usuário do SUS. Foi então que surgiu a ideia do Visita.com, um programa que busca amenizar, por meio das novas tecnologias, os impactos causados pelas inúmeras restrições e do isolamento imposto ao paciente diagnosticado com o novo coronavírus”, relembra o secretário estadual de Saúde, André Longo. 

Os pacientes recebem acolhimento psicológico antes e depois das videochamadas. Em algumas unidades, os familiares também recebem suporte psicológico da equipe. Até o momento, cerca de 3,8 mil atendimentos foram feitos com acompanhantes. 

O volume de visitas virtuais acontece nas unidades de alta complexidade, principalmente naquelas voltadas exclusivamente para o atendimento de pacientes diagnosticados com a Covid-19, quando o tempo de internamento é maior. O Visita.com também funciona como um importante canal de comunicação entre as equipes médicas e as famílias, que podem acompanhar a evolução clínica e o processo de recuperação dos pacientes por meio de boletins periódicos. Quando a rotina dos serviços que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus não possibilita televisitas, as unidades buscam contactar os familiares por meio de ligações telefônicas da equipe médica para atualizar o quadro de saúde dos pacientes. “Dessa forma, além de proporcionar um atendimento humanizado ao usuário internado, conseguimos estabelecer o canal de contato essencial entre os familiares e a equipe multiprofissional que acompanha o paciente”, finaliza Longo.