Sem desfile de rua, Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda completa 70 anos
O Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda completou 70 anos, ontem, sábado (12). Dessa vez, a comemoração ocorreu apenas de maneira simbólica nas mídias sociais. Isso ocorre, pois o Carnaval de rua em 2022 está cancelado pelo segundo ano consecutivo na cidade. Segundo a Prefeitura, um auxílio financeiro será disponibilizado para quem depende da festa. Em coletiva de imprensa, a gestão afirmou que a decisão foi tomada para evitar a disseminação da Covid-19, levando em conta, também, a alta nos casos de influenza e da ômicron. O Clube tornou-se Patrimônio Vivo da Cultura pernambucana no dia 4 de dezembro de 2020.
“Este ano, infelizmente, devido à pandemia, mais uma vez não haverá desfile na rua, mas não poderíamos deixar de registrar este 12 de fevereiro sem a apresentação do novo estandarte de bodas de vinho, feito pelo “elefantista” apaixonado Claudionor Filgueira. Do mesmo modo, expressamos nossa gratidão pela linda arte da camisa a Julio Klenker, que durante um desfile conheceu e se apaixonou à primeira vista pela agremiação. Por fim, mas não menos importante, agradecemos demais a todo mundo que segue e ama o Elefante de Olinda e que separou a camisa encarnada para usar neste sábado em comemoração”, publicou a direção do Clube Carnavalesco.
“O Elefante segue vivo e continua pulsante nos corações e nas lembranças dos foliões e foliãs. Sigamos em frente, na esperança de que, em breve, recuparemos as ruas para pintarmos as ladeiras de Olinda de vermelho encarnado novamente!”, complementou.
O diretor de cultura de Olinda, Alexandre Miranda, ressaltou a referência que Elefante tem com a cidade e citou seu hino, “que é praticamente o hino do Carnaval de Olinda.
“O Elefante segue vivo e continua pulsante nos corações e nas lembranças dos foliões e foliãs. Sigamos em frente, na esperança de que, em breve, recuparemos as ruas para pintarmos as ladeiras de Olinda de vermelho encarnado novamente!”, complementou.
O diretor de cultura de Olinda, Alexandre Miranda, ressaltou a referência que Elefante tem com a cidade e citou seu hino, “que é praticamente o hino do Carnaval de Olinda.
“Elefante é importantíssimo para a identidade cultural de Olinda, pois há 70 anos transmite muita alegria e irreverência pelas ladeiras da cidade. Independente de não ter ido às ruas nos últimos dois anos, ele está sempre no imaginário coletivo dos que amam o Carnaval de Olinda”, ressaltou.
História
O Elefante nasceu de uma brincadeira de amigos, segundo o Clube. No dia 12 de fevereiro de 1952 Alrivelto Lopes, Caio Gomes, Élcio Siqueira, Walter Damasceno, Claudio Nigro, Expedito e Marcone Felizola saíram da Rua do Bonfim em direção aos Quatro Cantos. Além de alegria carregavam um biscuit, que é uma espécie de massa de modelar, de um elefante.
De acordo com o Clube, a brincadeira pegou tão forte que no ano seguinte a recém-nascida troça já desfilava com um estandarte. “Os uniformes eram emprestados pelo Bonfim Atlético Clube, que não mais existia, mas terminou por batizar com suas cores o futuro gigante”.
“O causo logo inspirou a criação de uma agremiação carnavalesca. Trajando os uniformes emprestados do Bonfim Atlético Clube, adotaram o encarnado e branco que, junto com o elefante, se tornaram símbolo do carnaval do povo de Olinda. Ao logo dos anos, o Clube Elefante de Olinda edifica as expressões populares e ajuda a moldar o carnaval plural e democrático da Marim dos Caetés – cidade inspiração e detentora de todo o seu amor, como lembra o hino”, escreveu a direção do Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda, nas mídias sociais.
Em 1968 a troça virou clube e eternizou-se de vez no Carnaval de Olinda com seu hino, uma das músicas mais ouvidas e cantadas a plenos pulmões nos carnavais da vida. Atualmente o Clube é considerado Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco.
Fonte: diariodepernambuco.com.br
Foto: Instagram Elefante de Olinda/Reprodução